quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Música como instrumento de separação




Música como instrumento de separação

A música há muito tempo era usada como uma forma de juntar as pessoas para uma celebração, para adoração mútua, para diversão geral das pessoas. A música era arte. Já hoje, a música tem sido um eficiente instrumento de separação das pessoas, elas se dividem de acordo com os seus gostos musicais. Nem precisamos nos limitar aos gostos pessoais de cada um. Hoje basta apertar um simples botão no seu ipod e de repente estamos separados do mundo pela música em nossos ouvidos. A música agora é produto.

A música hoje, que está dividida em vários estilos, não separa somente pelo prazer de cada um em escutar seu estilo musical preferido, mas também por dar estilo próprio aos ouvintes. Fácil separar pessoas que gostam de rock das pessoas que gostam forró: a maneira de se vestir, falar e até de pensar - por ideologias transmitidas - é diferente. Música como instrumento de diferenciação social.

A tecnologia veio pra dar uma força maior. Muitas pessoas andam, fazem exercícios e até trabalham com os seus respectivos ipods, mp3/mp4 players etc deixando o mundo lá fora e trazendo a música pra dentro de si, enclausurando-se. Música como instrumento de satisfação própria.

A música deveria ter uma significação social, assim como na antiga Mesopotâmia. A música deveria ser um instrumento de exaltação, culto religioso, assim como no antigo Egito. A música deveria ter um significado psicológico, assim como na Grécia de Platão. Música como instrumento de eleveção de cada ser.


E só pra acrescentar, enquanto na antiguidade fazia-se com o objetivo de glorificação da natureza e da vida, expressão de um anseio pela perfeição, pelos valores espirituais e culto da beleza - em seu sentido real - hoje faz-se música com único objetivo de vender.

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